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Vejo um mar de luzes instável à minha frente, gostava que fossem um aglomerado de pirilampos bêbados de epinefrina. O vento jorra volátil contra a minha cara.
Eu só queria ser feita de pedra; ao invés deixo as minhas artérias fraquejarem em mil pássaros.
Cambaleio para o pé de um deserto; sou a única a esbocejar um espectro de vivalma aqui. Nada se move, tudo petrifica à minha volta e a solidão é uma mata que me asfixia e ao mesmo tempo força oxigénio para dentro do que sou.
Rendo-me à vaidade imperial das minhas sombras e anulo-me. Nunca me soube tão bem ser um despojo de mim mesma.
Cravo as garras nas minhas costelas e obrigo-me a ser.
Sou uma constelação vagarosa de nada. Movo-me com o bambolear do presente só porque tem de ser. Sou uma pressa lenta, uma merda nenhuma. Um todo que desconhece as suas partes, um todo que se quebra em nulidade, um monstro que não se deixa decifrar... uma lança que se espeta e se acaba em si mesma, sangrando até não haver mais débito, vertendo até não haver mais hemorragia.
Eu só queria ser feita de pedra; ao invés deixo as minhas artérias fraquejarem em mil pássaros.
Cambaleio para o pé de um deserto; sou a única a esbocejar um espectro de vivalma aqui. Nada se move, tudo petrifica à minha volta e a solidão é uma mata que me asfixia e ao mesmo tempo força oxigénio para dentro do que sou.
Rendo-me à vaidade imperial das minhas sombras e anulo-me. Nunca me soube tão bem ser um despojo de mim mesma.
Cravo as garras nas minhas costelas e obrigo-me a ser.
Sou uma constelação vagarosa de nada. Movo-me com o bambolear do presente só porque tem de ser. Sou uma pressa lenta, uma merda nenhuma. Um todo que desconhece as suas partes, um todo que se quebra em nulidade, um monstro que não se deixa decifrar... uma lança que se espeta e se acaba em si mesma, sangrando até não haver mais débito, vertendo até não haver mais hemorragia.
Half a person
Apelo ao meu lado mais desordeiro; quero ir para uma prisão de vertigem
soltar as minhas garras e crivá-la, segurar-me a ela
e voarmos num dia sem pára-quedas até ao meu colapso.
Amarro-a, aperto-a contra mim e perfuro o chão, cuspo um sangue doce
e enxovalho-me de orgânico e partículas terrestres. A vertigem
desaparece nos meus lábios e o meu corpo esgana um murmúrio de fractura.
Sinto um desespero celular lamber-me os cortes por onde escorre a dor
enquanto eu paraliso os meus olhos no espaço aberto.
Arfo por uma brisa que me agite os cabelos e me deposite um tom morno
nos ossos
Guest Room
Adormece a noite que me acorda o peito; cai dentro do meu coração num estrondo maior do que os limites de um horizonte e lá lança mil fateixas que o perfuram.
Penso que não escrevo merda nenhuma de jeito. Apetecia-me um vício neste comboio viajante, que esborrata a paisagem do lado de fora num arrastar constante do presente imóvel.
Trago comigo todos os dias que coleccionei: aqueles em que me destruí para erguer melhores versões de mim; os dias em que pude sentir o Sol derreter-se na ponta dos meus dedos, aqueles em que o frio me esmigalhou as costelas e os que vadiei à chuva de mãos
De costas com o peito do chao
De costas com o peito do chão, vejo na horizontal o espaço sideral. Os pontos brilhantes salvam-me do abismo do petróleo que é tudo o resto. Deito o ar todo fora e submirjo enquanto inicío um vôo. Tenho uma ínfima parte do Universo a dançar nos meus olhos perdidos, colados nesse auge que é o céu; tenho essa ínfima parte a inundar o que me define, a fazer das minhas artérias ruas pejadas de sentimento. Percebo o murmúrio doce que se desprende das pontas da graminha que me pica o corpo, me beija o pescoço, me embala este sonho desperto. Casa. Este pedaço de terra tã
.
:thumb129221649:
http://www.ryanair.com/pt/notices/gops/100921-FRENCH-ATC_23SEP-ENG-GB
Thank you french air controllers for making me skip my classes, get a cab, a train and a subway to get on the airport. Thank you for not allowing me to be with my better half and kill this empty feeling.
In the end, its always the "little" fish that gets caught in the sea.
You don't know how to make fair revolutions anymore.
© 2012 - 2024 Meugnin
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